“Primeiro Amor” é um conto de Samuel Beckett, autor consagrado com um Prémio Nobel da Literatura.
Uma narrativa na primeira pessoa com as condições perfeitas para ser interpretada em monólogo teatral, um texto muito desafiante, raras vezes representado no panorama teatral português.
Apresenta-nos um homem solitário, com problemas de sociabilização bastante peculiares, senão bizarros.
Num monólogo intimista, dirigindo-se directamente a quem o escuta, a personagem revela os aspectos mais profundos da sua alma e da sua vivência mundana, num discurso trágico-cómico típico de Beckett.
É um ser especial, “fora da caixa”, que nos conduz pela sua primeira (e talvez única) experiência amorosa, provocando no espectador empatia e cumplicidade.
“O nosso problema é falar com as pessoas”, ironiza num texto que se dirige claramente às Pessoas, à Humanidade, não obstante a sua afirmação de que “as pessoas são verdadeiramente estranhas”.
Uma surpreendente história, de ritmo ágil, favorável à imersão no jogo do intérprete na sua partilha com o público.
Teatro feito olhos nos olhos – actor e espectador.
Uma obra tipicamente Beckettiana, escrita pouco tempo antes do seu primeiro texto para teatro, por ventura premonitória do seu legado dramatúrgico.
Um actor, uma história e o público. Teatro na sua essência.
Tradução
Francisco Luís Parreira
Direcção
Rui M. Silva
Interpretação
Pedro Diogo
Concepção Plástica
Brigite Oleiro
Desenho de Luz
Rui M. Silva
Produção
Pedro Diogo