Formou-se em teatro na Academia Contemporânea do Espetáculo terminando o curso no ano de 2014. Percorrido um ano de experiência profissional Rui Paixão desenvolveu trabalho ligado à investigação e exploração do clown contemporâneo. Aos 20 anos de idade foi considerado pelo Imaginarius a revelação das artes de rua em Portugal, venceu o prémio OFF CIRCADA em Sevilha como artista emergente no circo contemporâneo, participou num dos maiores festivais do mundo, o Fringe Festival de Edimburgo e, mais recentemente passou na audição para o Cirque du Soleil, tornando-se assim no primeiro palhaço português a conseguir este feito. Em paralelo colabora regularmente como interprete na companhia de teatro físico e novo circo Radar 360.

Criação e Interpretação
Rui Paixão Música

Sonoplastia
Carlos Reis

Romeu Correia oferece-nos, com O CRAVO ESPANHOL, uma hora e meia de boa disposição à boa maneira de Fellini ou Scola com Miguel, o patriarca da família, toureiro frustrado que por ocasião do Carnaval treina com os pretendentes da filha e não resiste, devido ao seu elevado nível de taurofobia, ao confronto com o touro real.

As memórias de infância de poetas, compositores de improviso, cantadores de fado e toda uma fauna artística eminentemente popular, despertaram a necessidade de, já nos anos setenta, voltar a um conceito esquecido de uma criação-desabafo de dores e alegrias com as raízes mergulhadas no cerne da alma do Povo. A ânsia de comunicar é de tal forma imperativa que nem o desconhecimento da escrita serviu de obstáculo a uma criação artística que teve mais tarde uma correspondente identificação no plano estético quer nas artes plásticas, quer na cinematografia.

Texto
Romeu Correia

Encenação
Maria João Luís

Interpretação
Catarina Wallenstein, Emanuel Arada, José Leite, Maria João Luís, Pedro Mendes, Beatriz Godinho, Bruno Filipe Cruz, Luís Balanças, Nuno Falé e Rui Lopes.

Espectáculo é seguido de tertúlia com o tema Neo-realismo. O painel de oradores é composto por João dos Santos (artista plástico, professor e director da ESAD-CR), Luís Mourão (professor e dramaturgo), Maria João Luís (atriz e encenadora), entre outros.

O tradicional conto da Gata Borralheira é revisitado numa nova versão mágica para toda a família. Esta é uma divertida versão do tradicional conto de Charles Perrault. A história clássica é contada de uma forma completamente inovadora, sendo que o Príncipe se disfarça de Fada, tentando levar a Cinderella ao baile e a Fada Madrinha que aparece é a do Príncipe e não a da Cinderella.

Todos estes aparentes anacronismos provocam situações hilariantes não perdendo nunca de vista o lado romântico e feérico da história. As magias sucedem-se em palco e a Cinderella transforma-se efetivamente numa linda Princesa.

Acertem os ponteiros do relógio e deixem-se transportar para um mundo de fantasia na companhia dos personagens desta história. À meia-noite, a magia termina… bi bidibó bidibú!

Texto
Paulo Oom e Hélder Gamboa a partir do conto de Charles Perrault

Encenação
Hélder Gamboa

Interpretação
Ângela Pinto, Gonçalo Ferreira e Sylvie Dias

Uma comédia amarga (seis personagens para uma actriz).

Cândida, uma actriz luso-angolana na decadência, foi contratada pela Irmandade InterGalactica para pesquisar sinais de vida inteligente no Universo. Ela tem o dom de sintonizar e emitir em directo para o espaço pedaços de vida de várias personagens.

Cruzam-se em cena: a velha ama africana, que conta a história das origens da raça branca; o marido da actriz, um gay não assumido que quer ganhar dinheiro à custa da fome em Angola; a amiga, dona de casa que, à falta de stress, se stressa a correr das sevilhanas para o tai-chi e do tai-chi para as compras; a jornalista pseudo-feminista, que escreve textos políticos e é despedida pelo ex-marido; a mãe, muito velhinha e confusa, nascida em África, que conta mil histórias d´Aquém e d’Além Mar e a Maria Parda, personagem emblemática de Gil Vicente.

Em Cândida Ou O Pessimismo, a ficção, a memória e o humor confrontam-nos com um mundo contraditório e um futuro incerto.

Texto
Cucha Carvalheiro

Encenação
Fernanda Lapa

Interpretação
Cucha Carvalheiro

Dois reinos dividem o Algarve, o pequeno reino do Barlavento e o pequeno reino do Sotavento. Leoncio e Lena são príncipes destes destintos reinos. Por vontade os seus destinos cruzar-se-ão por vias do matrimónio. Ambos fogem para Lisboa. Sim, diz que se cruzam e sem se conhecerem apaixonam-se e casam. Ah o acaso e tal, mas não é bem assim.

Texto
João de Brito a partir de Georg Büchner

Encenação
João de Brito

Interpretação
André Nunes, Carlos Malvarez e Joana Ribeiro Santos

Uma história divertida de amor absurdo e hilariante.Pedro é um jovem que tem um castelo em movimento como um animal doméstico, e com ele vai em busca do amor verdadeiro.Acredita tê-lo encontrado numa princesa que tem uma mãe que em troca do amor da sua filha pede coisas loucas, como um castelo, uma pérola encantada, a juba de um leão e várias outras coisas materiais, pedindo-lhe finalmente, que mate um dragão.

Pedro, como um Dom Quixote vai atingindo os objectivos que lhe pediram, tudo pelo amor, até que se dá conta, graças ao dragão que tudo é uma farsa. É apenas interesse por tudo o que é material e não pelo amor verdadeiro.

Por fim o dragão dá-lhe um conselho e uma mensagem: o amor só se troca por amor! Amor por amor, e assim, fechando os olhos, dá-se conta de que o amor estava mais perto de que imaginava.

Vencedor do prémio “Melhor espectáculo para crianças” no Harmony World Puppet Carnival

A partir do texto de Slawomir Mrozek (Polónia) o clássico da dramaturgia mundial, “Os Emigrantes”, experimentamos uma nova abordagem.

Utilizando a sua paródia subtil e uma linguagem estilizada onde o principal alvo é o comportamento do ser humano, os aspetos perversos e a loucura da sua vida quotidiana criaremos um texto completamento novo.

Aproveitando a atualidade em que o mundo é diariamente confrontado com o fenómeno da emigração clandestina sem que o poder decisório encontre uma solução, tentaremos explorar o absurdo de algumas situações limite onde os seus intervenientes continuam a sonhar com um regresso e uma vida de sonho inalcançável.

Sendo a temática da igualdade de género um dos vetores de trabalho da TENDA, iremos apresentar uma dramaturgia completamente nova, inspirado neste clássico de forma livre e criativa, sendo que os dois protagonistas serão mulheres.

A partir de
Sławomir Mrożek

Encenação e Dramaturgia
Helder Gamboa

Interpretação
Ângela Pinto e Sylvie Dias

Este é um espetáculo de teatro que pretende explorar os limites da comunicação cénica através das ferramentas do teatro e do cinema. Explora o jogo cénico nestas duas dimensões, jogando com a ação em palco e a ação projetada em tela.

A prática da tortura enquadra a temática de fundo e a grande manipulação, psicológica e visual, estabelece as regras do jogo.

O texto do Uruguaio Mário Benedetti, escritor emblemático da literatura da América Latina, serve de mote a esta reflexão sobre uma prática ainda frequente nos dias de hoje.

Texto
Mário Benedetti

Tradução
Romeu Costa

Direção artística
Marta Carreiras e Romeu Costa